01 abril, 2011

fonte inesgotável de ilusões


temi pela tua perda durante meses, quase anos, tanto tempo como aquele que levei a aceitar que estaria melhor se te deixasse ir. tremia apenas de pensar em ouvir-te dizer "adeus", era incapaz de me imaginar sem ti, estivesses tu onde estivesses e foram muitas as lágrimas que impedi de escorrer pelo meu rosto. durante todo esse tempo, meses, quase anos, tentei provar a mim mesma que o que sentíamos seria mais forte do que o tempo e as suas circunstãncias. se alguma vez acreditei no amor intemporal foi do teu lado enquanto julgava ser impossível um dia esquecer o que sentira, esquecer tudo o que me tinhas dado, cada sorriso e cada lágrima. orgulhava-me de ti e do que tínhamos construído e sempre esperei que o mundo parasse para nos ver sorrir juntos. entre promessas quebradas e sorrisos irónicos crescemos e mudámos criando a distância que sempre quisemos evitar e que pareceu imperar entre nós. esse tempo, todo esse tempo que levei a habituar-me a desistir de ti, tornou impossível uma última oportunidade. foram tantos os sonhos que se desmoronaram diante dos nossos olhos e nada fizemos para o impedir. diz que o nosso amor estava perdido, eu digo que sim, o amor também se esquece. eu esqueci, esqueci ao ponto de hoje não saber o que isso é. tornei-me naquela que já não sabes amar, aquela que já não sabe amar.

3 comentários: