19 janeiro, 2011

vou dizer que te amo


                                                                                               12 de Novembro de 2010


É tanto o tempo que passo a pensar como tudo poderia ter sido diferente se nenhum de nós tivesse seguido. Sempre o soube e sempre soubeste que tudo iria desaparecer mais cedo ou mais tarde, que a distância iria matar algo que tão pouco tinha vivido. Talvez essa certeza na nossa cabeça tenha tornado tudo tão real. Cedemos ao que mais temíamos e deixámo-nos levar pela indiferença e medo de regeição. Não está certo, tal como não está certo termos caído neste remoinho de emoções, algumas já por nós esquecidas. Sinto que o final que demos a esta história foi demasiado repentino para o aceitar tão facilmente como fizeste. Perdi a conta às vezes que peço a mim mesma ou a alguém que me tire aquela noite da cabeça, que me faça esquecer algo que por ti já foi esquecido. Peço que estas memórias desapareçam e que nunca mais voltem, só peço que seja tão fácil esquecê-las como é fingir que já o fiz. Deixa-me dizer que sou livre de ti.

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